Face à condenação generalizada do ataque com armas químicas contra populações sírias, atribuído ao regime de Bashar Al-Assad apoiado pelo regime do czar Putin, os comunistas domésticos insurgiram-se com veemência e opuseram-se ao voto no parlamento condenando o ataque.
Não há uma explicação racional para a colagem dos comunistas portugueses ao partido Baath e ao regime despótico de Assad nem ao partido Rússia Unida e ao regime autocrático de Putin, porque nenhum deles tem, de perto ou de longe, qualquer relação com o comunismo como ideologia, nem mesmo com a vulgata comunista do PCP. Sendo certo que o Baath e o clã Assad foram durante décadas aliados da União Soviética governada pelo PCUS, cuja doutrina oficial era o marxismo-leninismo, com o colapso do regime soviético depois da queda do muro de Berlim em 1989, o regime que se seguiu tem de comum com o comunismo apenas o facto de ser uma autocracia onde a nomenclatura soviética foi substituída pela mafia putinesca.
Ocorre-me como explicação mais aceitável a de que se trata de um reflexo condicionado como o do cão de Pavlov, habituado a associar comida ao som do badalo, que se babava quando este tocava ainda que não houvesse comida por perto.
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