Já em tempos aqui escrevi sobre a contradição entre o ódio de estimação que radicais do género chic dedicavam e ainda dedicam a Bill Gates e a idolatria que esses e outros parolos dedicaram a Steve Jobs, um sacana terminal, «ruthless, deceitful, and cruel» como o descreveu Alex Gibney, um bastard que enganou da forma mais mesquinha o seu amigo e sócio Steve Wozniak, tratou de forma miserável a sua namorada e mãe do seu filho, a quem começou por negar a paternidade, e imensa outra gente com quem se cruzou, incluindo muitos dos que trabalhavam para ele.
Como então escrevi, Bill Gates está longe de ser um santo mas face a Jobs mereceria ser beatificado. A Fundação Gates, a quem doou uma parcela importante da sua fortuna e a quem dedica a maior parte do seu tempo, está aí para o mostrar com os seus $4 mil milhões anuais para financiar investigação relevante, nomeadamente para a saúde pública.
Uma das últimas iniciativas da Fundação Gates foi suportar o custo de publicação dos papers com os resultados das investigações que patrocina em repositórios acessíveis a toda a gente, como o o Wellcome Trust, passando ao lado dos jornais científicos que cobram assinaturas caríssimas e que levam meses ou anos para publicar os trabalhos que lhes são submetidos.
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