Os angolanos não são responsáveis pela chuva, nem pelo estado deplorável das infraestruturas, nem, evidentemente, por sacudirem a água do capote ao culpar os portugueses. Eles aprenderam com os portugueses a responsabilizar os outros pelos seus problemas. A diferença é apenas um pouco mais de imaginação dos antigos colonizadores que, ao contrário dos colonizados que só apontam o dedo aos colonizadores, estes apontam o dedo, conforme as circunstâncias, à monarquia, à república, ao Salazar, ao fascismo, às agências de rating, ao capitalismo neoliberal, à economia de casino, aos americanos, aos alemães, a Merkel, a Schäuble, a Trump, a Jeroen Dijsselbloem, etc.
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