Outros nus do presidente.
A multiplicação de apreciações críticas indicia que o estado de graça de Marcelo chegou ao fim? Possivelmente não. De momento indicia apenas o fim da paralisia mental generalizada da comentadoria e talvez o princípio dos apertos de Marcelo de quem José Miguel Júdice, que o conhece bem, disse recentemente na TVI que lida muito mal com as críticas.
«O mais errado no meio disto tudo é Marcelo não o fazer por convicção, mas antes por oportunismo. Esta constante vontade de agradar, impelem o Presidente da República a não ser mais do que um Presidente da situação. Um catavento mediático, como alguém um dia lhe chamou.
A esquerda tem hoje um Governo, uma maioria e um Presidente.
(...)
O episódio Centeno mostrou a António Costa que Marcelo afinal não é o amigo que parecia à primeira vista ser. Tal como Marcelo (ainda comentador) já o tinha provado, semana após semana, a Passos Coelho (ainda primeiro-ministro).
A postura discreta da Presidência da República é hoje uma miragem. A figura do Presidente moderador morreu e nos próximos anos teremos que viver com um Presidente jogador. Habituemo-nos a viver com isto, dizem que é uma questão de afetos.»
«Afetos a mais também enjoam», João Gomes de Almeida no jornal Eco
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