Já aqui referi as teorias da conspiração congeminadas pelos especialistas da geringonça sobre a existência de uma cabala do FMI com o BCE e o ministro das Finanças alemão para camuflar o descalabro eminente do Deutsche Bank, apontando o dedo para disfarçar à banca portuguesa e italiana que, como todos sabemos, desfrutam de uma solvência inabalável.
Citei então o artigo da Economist «Deutsche Bank - A floundering titan» que apontando as vulneralidades do banco não confirma as teorias cabalísticas dos especialistas da geringonça. Para completar a informação deveriam os especialistas consultar o relatório da EBA (European Banking Authority) com os resultados do stress test divulgados 6.ª feira à noite ou, pelo menos, ler o que sobre eles escreveu a Bloomberg num artigo cujo título é «Deutsche Bank Fares Better in EBA Stress Test Than in 2014».
Como o referido artigo mostra, o rácio capital/activos do Deutsche Bank depois do stress test é 7,8% o que, não sendo bom, compara com os 7% do BCP, sujeito a um teste que, citando O Insurgente, «tem tanto stress como uma funcionária do departamento de pescas de Castelo Branco», não esquecendo que as dimensões e a dispersão de risco nos mercados em que actuam os dois bancos não têm comparação nenhuma.
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