02/06/2016

SERVIÇO PÚBLICO: Para memória futura (quando chegar a factura de Costa)

Excertos da entrevista ao jornal i de António Galamba, um socialista desalinhado:

«Julgo que há algum medo no Partido Socialista em se dizer o que se pensa. Entre os ex-dirigentes há três situações: os que foram integrados, os que estão resignados e aqueles que julgam que devem dizer aquilo que pensam. Eu incluo-me nesse grupo, que é um grupo muito restrito de pessoas que acha que deve dizer aquilo que pensa. Até por experiências anteriores: no passado, pelo facto do PS estar no governo, não dissemos aquilo que pensávamos e aconteceu o que aconteceu, nomeadamente a necessidade de haver um resgate.
(…)
Por variadíssimas razões há um conjunto de pessoas que, em surdina, e em conversas particulares, expressam-se em determinado sentido e depois quando chega ao momento da votação votam de acordo com a maioria. Fiquei sozinho, mas fiquei bem acompanhado pela minha consciência.
(…)
Têm medo de várias coisas. De perder aquilo que têm ou de não virem a ter aquilo que esperam em função do exercício do poder.
(…)
Quando se invoca que no passado não se defendia o património que existia, acaba-se agora por estar a fazer o mesmo. O que aliás em relação ao dr. António Costa não é nada de novo, porque são variadíssimas as situações em que ele diz uma coisa e o seu contrário. Esta é mais uma.
(…)
Olhamos para os dados da economia e há muita coisa que não bate certo. Foram divulgados os dados do primeiro semestre do anúncio de contratos de obras públicas onde se verifica que há um aumento de 27% e depois há uma diminuição de 28% das obras públicas que são contratadas. Há um conjunto de indicadores que são muito preocupantes. Apesar do discurso político, a economia não está a mexer o que devia.
(…)
Com a opção que o PS fez de ir para o governo estando totalmente dependente do PCP e Bloco de Esquerda colocou-se numa situação onde está em areias movediças. Pode-se mexer um bocadinho, mas não se pode mexer muito. Aliás, acho que a polémica dos colégios é para distrair de outro tipo de coisas, como a situação económica. O governo, em boa parte, passa os dias fechado em gabinetes, a responder a requerimentos do Bloco de Esquerda e do PS e esquece-se que tem um país para conhecer. Uma coisa é estar sentado num gabinete algures em Lisboa, outra coisa é conhecer o país.»

1 comentário:

  1. KK OBVIO QUE ELES TEMEM EXPURGOS E EMENDA UM A SERIO POIS SE BASEIAM EM DESPOTISMO ORIENTAL ABRAAMICO CLASSICO E DERIVADOS

    ResponderEliminar