Outras preces.
Na sua coluna «Chamem-me o que quiserem» no Expresso Diário, numa peça intitulada «Marcelo, como quem não ‘marcela’», Henrique Monteiro escalpeliza várias iniciativas, movimentações e comentários do presidente Marcelo e conclui que «doce, suave, ardilosa, inteligente e divertidamente, destrói a confiança no governo.» Ficando implícito que MRC tem um propósito e uma estratégia deliberada, como que maquiavélica.
Reconhecendo que Henrique Monteiro pratica um jornalismo profissional independente e de qualidade e, por isso, é um dos poucos que me inspira confiança, aceitando que a sua análise das movimentações do catavento é sedutora e até parece explicar os seus ziguezagues, mantenho as minhas dúvidas de que MRS seja mais do «uma das barrigas de aluguer da política portuguesa, [que] acredita no que tiver de acreditar num dado momento tático para depois esquecer facilmente esses credos, crenças ou causas» e que tenha mais do que uma causa: «o próprio Marcelo», como sobre ele escreveu Henrique Raposo. Em minha opinião, MRS não é um político maquiavélico, é um político manhoso, nem mesmo é um político florentino, é um político vaidoso.
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