09/02/2016

DEIXAR DE DAR GRAXA PARA MUDAR DE VIDA: Cada eleitorado tem o governo que pode

Quereis um indicador recente do grau de infantilidade e inimputabilidade do eleitorado português? Vou dar dois.

O primeiro é a votação do «intelectual escorregadio» logo à primeira volta. Na segunda volta, contra qualquer um dos outros, excepto talvez Henrique Nogueira, seria outra estória – também teria engolido o sapo.

O segundo indicador da infantilidade e inimputabilidade resulta do barómetro da Aximage. E não, não são os 34,8% de intenções de voto no PS. Afinal de contas só os funcionários públicos, a maior parte dos reformados e outras corporações representadas pelo PS seriam suficientes para o justificar. O segundo indicador não resulta do cálculo político que reflectiria a preferência crua pela defesa do interesse da corporação. Em vez disso, reflecte um juízo de valor: depois de quinze meses de golpadas, mentiras e meias-verdades como líder do PS e de dois meses como primeiro-ministro no mesmo estilo, 48,1% dos portugueses confiam em Costa como primeiro-ministro.

Em contrapartida apenas 41,9% dos portugueses confiam em Passos Coelho. Curiosamente, há quase 6 anos apenas 39,1% dos portugueses confiariam a chave da sua casa a Passos Coelho, contra apenas um pouco menos (33,6%) a José Sócrates – o maior aldrabão que passou por S. Bento desde as invasões francesas. Percebo os 39,1% - também hesitaria a emprestar a chave à criatura – mas não percebo os 33,6% de Sócrates, como não percebo os 48,1% de Costa – a um e a outro os portugueses se tivessem juízo trancar-se-iam logo que avistados tais figurões no bairro, ainda que votassem no PS como o partido mais bem colocado para lhes defender os direitos adquiridos, mesmo à custa de levar o país à bancarrota.

1 comentário:

  1. " Infantilidade", "inimputabildade", exemplos de pura caridade cristã da vossa parte.
    "Bíblicamente estúpidos" ( expressão já clássica "do outro" ), aí sim, totalmente de acordo.

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