[Retomando uma série interrompida: (1), (2), (3) e (4)]
Os custos do trabalho, que se tinham reduzido -3,4% em 2014, aumentaram 1,8% em 2015, ano de eleições. Será desnecessário lembrar que a produtividade ficou como estava.
Pela primeira vez desde 2011 o número de funcionários públicos aumentou 0,4% em 2015 (ano de eleições) para 658.565 postos (tem piada os seiscentos mil … e cinco!, quando se sabe que os governos nunca sabem quantos são exactamente os utentes da vaca marsupial pública).
Entretanto há dias, Passos Coelho, o responsável pelas realizações anteriores, disse, e bem, que «se no rescaldo da crise, a crescer 1,5%, nós conseguimos criar mais emprego do que o atual Governo está a pensar que a economia possa gerar em 2016 com políticas que supostamente são muito mais amigas do crescimento, [então] alguma coisa está errada». Acrescentou que «a receita que este Governo está a assumir já foi testada e já falhou». Tem toda a razão. Faltou acrescentar que a receita do seu governo também não se pode dizer que tenha sido um sucesso depois da troika se ter posto ao fresco e as eleições se aproximaram.
Mesmo com a troika por cá, passaram-se coisas (à volta de Efisa) que nunca se deveriam ter passado com pessoas (como Relvas, Arnaut e Dias Loureiro) que nunca deveriam estar metidas nessas coisas (leiam-se aqui os detalhes).
Mais ou menos por essa altura, em Fevereiro de 2011, também se passaram coisas com o governo de Sócrates, para além das muitas que já se sabiam e culminaram com a bancarrota, que ficaram na penumbra, como a última emissão para tentar adiar o resgate de 3,5 mil milhões de OT a 10 anos à taxa média de 6,4%. Os juros de 5 anos atingiram a bonita soma de 1,12 mil milhões de euros, ou seja aproximadamente mais 500 milhões do que nos teria custado um empréstimo ao abrigo do PAEF.
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