02/02/2016

AVALIAÇÃO CONTÍNUA: «Centeno ou sem tino?» O período de graça mais curto desde Dona Maria II

Secção Entradas de leão e saídas de sendeiro 

 Não foram precisos mais de 2 meses desde a tomada de posse para ver este governo pelas ruas da amargura com a «boa imprensa» de que Costa dispôs durante 2 anos desaparecida em combate. É hoje difícil encontrar um plumitivo com uma apreciação positiva da governação de Costa e, em particular, do desempenho do seu ministro das Finanças. Difícil mas não impossível: Nicolau Santos, o nosso pastorinho da economia dos amanhãs que cantam favorito, é um dos poucos exemplos restantes de indefectibilidade.

Alguém imaginaria que neste curto período, durante o qual Costa e Centeno só têm anunciado o maná celestial, um jornalista pudesse fazer um título como «Centeno ou sem tino?» e escrever no Expresso Curto «em poucas semanas Mário Centeno passou de herói do cenário macroeconómico a mago da contabilidade criativa»? É certo que João Vieira Pereira não é um jornalista de causas, mas ainda assim.

Por estas e por outras já abundantemente autopsiadas no (Im)pertinências, atribuo cinco chateaubriands a Costa, por ter confundido as suas larachas com soluções para o país e quatro a Centeno por ter confundido os multiplicadores nas suas folhas Excel com a economia mais carecida de iniciativa a norte do paralelo 37. Atribuo ainda cinco ignóbeis a Costa, por razões que não carecem de explicação, e quatro urracas a Centeno, por ainda não ter seguido o exemplo de Campos e Cunha que deixou Sócrates a falar sozinho.

2 comentários:

  1. Vai uma aposta? Mais umas semanas e o exemplo de Campos e Cunha serà seguido.

    Agent Provocateur

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  2. Não se esqueçam que o príncipe do Excel é monhé, também.

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