Outras marteladas.
Já várias vezes citei nesta série de posts as consequências indesejadas do intervencionismo dos bancos centrais na modalidade alívio quantitativo. Quando esse intervencionismo se associa, como frequentemente e nesta crise desde 2008 está a acontecer, à redução das taxas de juro os efeitos multiplicam-se. Com a redução das taxas de juro incentiva-se o investimento em activos de riscos e em projectos inviáveis sem retorno a taxas «normais». Com o alívio quantitativo proporciona-se a liquidez necessária para esse investimento.
Como o diagrama anterior mostra (fonte) as taxas reais dos títulos do tesouro americano a 3 meses são negativas desde 2008 e desceram aos níveis dos anos 70, com a «pequena» diferença que, sendo a inflação elevada nessa década, as taxas nominais de juro altas mitigavam os efeitos das taxas reais negativas.
Por muito empurrada que seja com a barriga, a factura acabará por chegar.
Tantos e tantos projectos de VAL negativo (a taxas normais) que vêem a luz do dia...
ResponderEliminarOs patos-bravos são uns dos que esfregam as mãos de contentes com os erros cavalares que se cometem.