12/08/2015

Pro memoria (250) – Com amigos como Israel talvez os Estados Unidos possam dispensar os inimigos

A propósito da provável libertação condicional de Jonathan Pollard, um analista de informação naval dos EU preso em 1987 por espionagem a favor de Israel, a Economist escreveu num artigo de há 2 semanas:
«Mr Pollard was uniquely damaging: some of what he gave to Israel ended up in Soviet hands. They say that Mr Pollard was motivated not by patriotism but by ego and greed—Israel paid him handsomely, and he spent the money on cocaine, alcohol and expensive meals. He tried to sell documents not only to Israel, but also to several other countries».
Fiquei a remoer o que teria levado os israelitas a passar informação para os comunistas 40 anos depois de ter terminado o apoio pós-guerra da URSS a Israel (antes da aliança da URSS com Israel ser substituída pela aliança com a maioria dos Estados árabes). Em troca de quê?

A resposta chegou sob a forma de uma carta de Karl Polifka, Deputy director of intelligence US Central Command, entre 1989-91, que a Economist publicou na última edição:
«Well, yes, a very large amount of it was used by Israel to facilitate the large emigration of Soviet Jews to Israel. This severely damaged America's cryptology system to the extent that by1990 the damage-control bill had hit $2.5 billion. Although this may have been judged by the Israelis to be in their national interests, it was not in the interests of the United States. Ally? One does wonder
Em troca de judeus. Lord Palmerston não ficaria surpreendido. Duas vezes primeiro-ministro britânico no terceiro quartel do século XIX e também ministro dos Negócios Estrangeiros, disse nesta qualidade «Nations have no permanent friends or allies, they only have permanent interests.»

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