A Bial é uma empresa farmacêutica portuguesa com uma excelente imprensa e o seu presidente Luís Portela tem sido levado ao colo pelos mídia ou, como costumo dizer, a empresa e o empresário são favoritos do que costumo chamar o jornalismo promocional. Não questiono a bondade nem o mérito da Bial e da família que a dirige, de quem tenho até impressão positiva, apenas registo o que parece ser mais uma ocorrência da maldição do jornalismo promocional – uma espécie do jornalismo de causas empresariais frequentemente praticado pelos pastorinhos da economia dos amanhãs que cantam.
Desta vez «estão em causa suspeitas de corrupção ativa e passiva, burla ao SNS e falsificação de documentos que podem envolver altos quadros do grupo presidido por Luís Portela, os quais terão sido denunciados por um ex-diretor da Bial».
Esperemos que não seja nada de cuidado. Em qualquer caso, recomenda-se outra vez aos empresários que no futuro liguem os desconfiómetros aos primeiros sinais de manteiga mediática.
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