Recentemente os partidos do governo e da oposição (ou parte dela) deram ao mundo duas lições de cooperação nas questões fundacionais do regime.
Primeira lição: todos os partidos concordaram em atribuir ao Tribunal de Contas a fiscalização de contas da Assembleia da República, como aqui salientou o Impertinente.
Segunda lição: PSD, CDS e PS puseram-se de acordo em obrigar todos os mídia a submeterem «planos de cobertura dos procedimentos eleitorais» a uma comissão mista que inclui a Comissão Nacional de Eleições (CNE) e a Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC), «numa espécie de visto prévio».
A coisa parece não vir a resultar porque, incompreensivelmente, os mídia resolveram não colaborar - por boas razões e, talvez, por más razões: afinal o resto da oposição, nomeadamente os comunistas e os radicais chic, estão tão bem representados nos mídia que já dispõem do visto prévio.
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