24/04/2015

CAMINHO PARA A INSOLVÊNCIA: De como o melhor que pode acontecer ao paraíso prometido aos gregos pelo Syriza é ser um purgatório (XIX) – Empurrando as reformas com a barriga

Outros purgatórios a caminho dos infernos.

Quando se compara a taxa de ocupação dos gregos no escalão etário 55-64 com a de outros países, e em particular com Suécia, Alemanha e Holanda, temos de concluir que 2/3 dos gregos se reformam e querem continuar a reformar bastante mais cedo do que os trabalhadores dos países que financiam a sua dívida.

Fonte: Economist
Se a isto adicionarmos o facto de, apesar das reformas da Segurança Social introduzidas depois da intervenção das «instituições» anteriormente chamadas troika, que reduziram a taxa de substituição e aumentaram a idade da reforma, a Grécia é o país da UE que mais gasta em pensões (17,5% do PIB, contra 12,3% da Alemanha, o seu maior credor) percebe-se a pouca pachorra que ainda resta na maioria dos países da Zona Euro para aturar as birras e as chantagens do governo Syriza-Anel.

Entretanto enquanto chuta para a frente a apresentação das reformas indispensáveis, o governo Syriza-Anel para pagar a dívida a vencer-se prepara-se para extorquir dinheiro dos fundos de pensões, depois de ter publicado um decreto obrigando empresas e organismos públicos, incluindo hospitais e universidades, a entregarem as suas reservas de caixa ao governo.

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