De cada vez que os políticos se excitam com uma possível intervenção na economia lembro-me da velha anedota do miúdo que vê na TV um documento sobre cirurgias ao coração e resolve abrir o tórax ao avô que dormitava na cadeira de baloiço com a faca de trinchar. É mais ou menos isso que se pode vir a passar com a recente excitação em S. Bento a propósito caso GES. Leia-se o que a esse respeito escreveu no jornal negócios Avelino de Jesus, um economista impertinente.
«O BE, pela fogosa estrela da comissão de inquérito, propõe alterações legislativas no sentido que os bancos não possam ter participações qualificadas no capital de outras empresas. O PSD - pelo seu deputado arrependido do liberalismo - também avançou que quer apertar o cerco aos conglomerados mistos. O Banco de Portugal e a CMVM já tinham pedido o reforço dos poderes dos reguladores percebendo-se que também visam aquela figura que os incomoda.
Justifica-se tal aversão a esta forma de organização empresarial?
As posições sobre esta questão, que acima refiro, revelam um lamentável desconhecimento sobre as virtualidades do conglomerado misto e - pior ainda - sobre os factores de crescimento da economia portuguesa.
Apesar da crise e da desconfiança que a classe política tende a desenvolver face aos conglomerados mistos, as vantagens destes têm vindo a ser evidenciados pela análise empírica, contrariando o essencial dos pressupostos e mesmo de verdadeiras pulsões que alimentam aquela desconfiança.
Destaco, por falta de espaço, apenas 3 pontos:»
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