Outros purgatórios a caminho dos infernos.
«Não é possível, por um lado, exigir que a Europa demonstre solidariedade com o seu próprio país, como faz o Sr. Tsipras, e, por outro lado, dividir a posição comum da União Europeia logo no primeiro passo oficial» disse o socialista Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu, a propósito das objecções do governo grego à extensão das sanções aos seus amigos do governo russo depois dos novos ataques na Ucrânia.
O Financial Times evidencia uma fé limitada quando escreve «the new Syriza government has come up with a left-wing version of voodoo economics: the belief that a spending splurge will pay for itself, if it is just pushed with enough energy and determination. Unfortunately, given that Greece’s starting point is immeasurably weaker than that of the US in 1980, the Greek experiment with voodoo economics is likely to come crashing down – and quickly.»
Quem também não acreditou no paraíso oferecido pelo Syriza foram os gregos que na semana anterior às eleições levantaram 14 mil milhões de euros dos bancos. Contudo, muitos outros gregos parecem ter acreditado no milagre em construção porque nas semanas antes das eleições as receitas fiscais caíram abruptamente, indiciando que aos menos esses gregos possuídos pela fé imaginaram que o governo seguinte promulgaria um perdão fiscal.
Quanto aos contribuintes europeus que indirectamente suportariam o pagamento do «conto de fadas» do Syriza na quase totalidade, à parte a contribuição do FMI e dos bancos e fundos de investimentos e pensões não europeus (ver diagrama seguinte), ninguém ainda lhes perguntou a opinião mas é de presumir que estejam pouco inclinados ao patrocínio.
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