Outras coisas: «Para mim Costa não é um mistério», (2), (3), (4), (5), (6), (7) e (8).
«A forma como António Costa tem vindo aos poucos a erguer um cordão sanitário em redor de José Sócrates, procurando proteger-se a si próprio e ao PS dos riscos de contaminação, é uma das mais impressionantes manobras políticas a que eu me lembro de assistir. Nem Francisco George foi tão eficaz no combate à Legionella.
Primeiro, foi o SMS enviado aos militantes socialistas a 22 de Novembro, escassas 10 horas após Sócrates ter sido detido no aeroporto (…) Sete dias depois, foi a Lei da Rolha que Costa (…) Três semanas depois (…) esvaziou o balão afirmando numa manchete do Expresso que iria certamente lá no Natal, “a título pessoal” (…)
Finalmente – cereja envenenadíssima em cima de um bolo já azedo –, António Costa decide conceder esta semana uma entrevista à CMTV, o que visto da perspectiva de José Sócrates deve fazer tanto sentido quanto Harry Potter convidar Voldemort para ir jantar lá a casa. (…)
António Costa tem de ter cuidado. Há um momento em que muito calculismo passa a ser calculismo a mais.»
«António Costa e José Sócrates», João Miguel Tavares no Público
E, por falar no diabo, confirme-se o calculismo no elogio ao Bloco Central, logo seguido da correcção de pontaria para o elogio a Soares e a Ernâni Lopes (que teria sido vilipendiado pelas medidas de austeridade não fora elas serem o seguro de vida política à época para Mário Soares) e seguida ainda de outra correcção.
E repare-se na fidelidade canina da Lusa que duas horas depois do título «Costa considera Bloco Central PS/PSD exemplo de Governo que repôs a confiança» o alterou para «Costa elogia liderança de Soares no Bloco Central para defender confiança».
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