25/10/2014

Ressabiados do regime (11) - O facto de uma luminária não ter um pingo de sentido de humor não faz dela uma pessoa intelectualmente séria

O Pacheco Pereira que há 7 meses defendeu com fervor «o manifesto dos 70 signatários a pretexto da reestruturação da dívida, uma posição expressa em termos prudentes e moderados por um vasto grupo de pessoas qualificadas, quase todas também prudentes e moderadas ... não tendo assinado ... apenas por incúria ... em responder a tempo ao convite ... feito» e que há anos tece laudas semanalmente ao ungido do regime António Costa no «Quadratura do Círculo» (com um ar de criador embevecido com a sua criatura) é o mesmo Pacheco Pereira que guardou um prudente prudente silêncio quando o mesmo Costa deixou cair tudo do manifesto - a renegociação, a reestruturação, o haircut e a mutualização - e ficou a com audição pública?

Não deve ser o mesmo Pacheco Pereira. Se fosse, teria mostrado uma nota de cobrança embrulhada no seu verbo abundante, como a nota mais parca de verbo do jornalista João Garcia do Expresso: «Para já, é António Costa que fica em dívida. Esperava-se que pagasse a eleição oferecendo soluções». A dívida de António Costa aos seus prosélitos e aos seus padrinhos arrisca-se a ultrapassar a dívida do Estado Socialista.

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