Relatando uma conversa com «um amigo economista» na sua coluna do Expresso, o articulista Daniel Oliveira é iluminado por uma visão de um cenário que descreve com esta interrogação: «Se o empobrecimento lento do país e as transferências de recursos que ele alimenta - do público para o privado, do trabalho para o capital, da periferia da Europa para o seu centro - durasse muitos anos sem que se atingisse um ponto de saturação?». Até aqui nada de surpreendente. Afinal até nem parece ser um daqueles cenários extremos que o pensamento esquerdista é capaz de produzir nos seus momentos de inspiração.
O surpreendente – enfim, surpreendente para quem não tem desses amigos economistas – é a primeira das «transferências de recursos que ele alimenta» citadas é a «do público para o privado». Fiquei embasbacado. Com esforço, percebo que o «amigo economista» em conformidade com a vulgata marxista veja transferências «do trabalho para o capital» e até veja transferências «da periferia da Europa para o seu centro», neste caso a vulgata leninista. «Do público para o privado» é que me ultrapassa. Como são esses recursos transferidos para o «privado»? Ou, antes disso, a questão primordial: quais são e como são produzidos pelo «público» esses recursos?
Do público para o privado, tem três interpretações:
ResponderEliminarA minha: dinheiros públicos transferidos em forma de subsídios, a máxima socialista que nos colocou nesta situação. O que torna ridículo o Daniel Oliveira colocar esta questão. Pois o Socialismo advoga esta transferência como forma de estimulo à economia.
E a Do "impertinente" que tb é válida.
E a do Daniel, que vive no país das maravilhas onde acha que o sector empresarial do estado, tem lucro! Note-se que só tem lucro as empresas com monopólio, como os CTT. E este lucro advém de preços elevados que figuram imposto, nunca preço em concorrência.