«A Agência de Gestão da Tesouraria da Dívida Pública (IGCP) anunciou que realizou uma operação de troca de dívida no montante de 6.637 mil milhões de euros. Nesta operação, os investidores aceitaram voluntariamente proceder à troca de dívida com maturidade em 2014 e 2015, por igual montante de dívida com maturidade em 2017 e 2018.
Assim, o IGCP recomprou 837 milhões de euros de dívida com maturidade em Junho de 2014 (a uma yield implícita de 2.127%), 1.64 mil milhões de euros de obrigações com vencimento em Outubro de 2014 (yield implícita de 2.753%) e 4.16 mil milhões de euros de dívida com maturidade em Outubro de 2015 (yield implícita de 3.324%). Em troca, foram emitidos 2.68 mil milhões de euros de obrigações com maturidade em 2017 e 3.97 mil milhões de euros de títulos com maturidade em 2018, com taxas de juro implícitas de 4.677% e 4.956%, respectivamente.»
[Flash news do BPI de hoje]
É uma das modalidades de reestruturação da dívida, sob a forma de um reescalonamento para aliviar a pressão de curto prazo. Não é bom, nem é mau. É o que tem de ser. O que não teria de ser, e provavelmente é, é a operação de troca de dívida ter sido feita em grande parte à custa dos suspeitos do costume – os bancos portugueses, que assim prolongam por mais 3 a 4 anos o parqueamento em dívida pública de fundos que deveriam estar disponíveis para financiar a economia.
E, por falar disso, é mais uma razão para continuar a chamar patetas aos patetas que clamam pelo default da dívida pública com 1/3 da mesma nas mãos da banca portuguesa, agora com uma ainda maior duration.
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