[Mais atracções fatais: pesquisa Google]
Com o saboroso título «Espírito Santo Engages in Financial Gymnastics to Survive Crisis», o WSJ descreve as manobras já entre nós conhecidas há alguns meses «to find a source of easy cash: Over a 21-month period, it sold more than €6 billion ($8.27 billion) in debt to one of its own investment funds, sharply elevating the risk to investors.» O fundo ES Liquidez chegou a ter mais de 80% da carteira em dívida de curto prazo do GES.
É ilegal? Não. É «apenas» um problema de conflito de interesses em que o GES para aguentar o grupo a flutuar (ab)usa do património dos seus clientes expondo-os a uma concentração de risco absolutamente desaconselhável.
Em rigor, se é que a palavra rigor ainda faz algum sentido neste contexto, é mais do que um «mero» conflito de interesses. A própria valorização destes títulos sem liquidez terá sido feita de forma inapropriada, inchando o valor carteiras do fundo ES Liquidez, ainda que respeitando a letra das normas contabilísticas.
É claro que o BdP teve que mexer neste assunto com mais pinças do que já habitual, tendo em atenção os créditos que GES amealhou em anos de convívio com o poder, quer no sentido estritamente financeiro, quer em sentido metafórico.
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