Continuação de (I) e (II).
Recapitulando, Joe Berardo compra acções do BCP com empréstimos, primeiro da Caixa (onde à época era presidente Santos Ferreira, mais tarde transferido para o BCP, no âmbito do assalto socrático ao BCP, sucedendo a Filipe Pinhal, homem de confiança de Jardim Gonçalves), do BES (por esta e por outras razões Filipe Pinhal escreveu o que escreveu sobre Ricardo Salgado, o banqueiro do regime socialista) e do Santander. Depois do afastamento de Filipe Pinhal da administração, o próprio BCP pela mão de Santos Ferreira financiou Berardo na compra de mais acções do próprio banco.
A coisa correu mal porque as acções do BCP, que Berardo deve ter comprado a um preço médio de cerca de 2 euros, foram caindo até quase 50 cêntimos há 4 anos. Correu mal para Berardo e para os bancos que o financiaram, a quem Berardo tinha oferecido como garantia as próprias acções do BCP. Pelo caminho Berardo ofereceu como garantia, que o Santander recusou mas os bancos do regime aceitaram, a colecção de arte que o governo de Sócrates alojou no CCB a expensas dos sujeitos passivos.
E assim chegamos, à actualidade com a participação de Berardo no BCP comprada a mil milhões a valer 66 milhões e os bancos que financiaram a compra (CGD, BCP, BES e Santander) a terem de registar as imparidades correspondentes e a limitarem a sua capacidade para financiarem a economia.
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