29/09/2013

ESTADO DE SÍTIO: O caso Machete e a doutrina Somoza

Mais fácil do que antecipar a bancarrota do Estado português há 5 anos, após 11 anos (só para não recuar aos tempos de Cavaco Silva) de folia fiscal, dos quais quase 9 da responsabilidade do PS, foi prever há dois meses que a entrada de Rui Machete para os Negócios Estrangeiro seria uma alternativa ao bombo-da-festa Relvas e daria à oposição e ao jornalismo de causas pasto para temas de diversão à volta dos casos BPN e BPP. De passagem, escrevi então, esta diversão poderá servir para fazer esquecer os grandes responsáveis pela nacionalização das perdas do BPN a pagar pelos contribuintes, a saber: José Sócrates e Teixeira dos Santos. Nacionalização que, recorde-se, segundo o antigo ministro das Finanças, não custaria nada e foi crescendo sucessivamente para 2 mil milhões, 4,5 mil milhões, 6,5 mil milhões, e sabe-se lá o quanto mais.

E aqui estamos nós, outra vez, com a esquerdalhada assessorada pelo jornalismo de causas a esgravatar as mentiras, ou lapsos segundo o próprio, da detenção de acções da SLN (holding do BPN) e as dezenas de tenças em outras tantas organizações. É bom que o façam para que os sujeitos passivos que sustentam este Estado proxeneta, refém de múltiplos parasitas, fiquem a saber o custo da sua complacência. Quanto ao personagem, não trazem nada de novo ao que o embaixador americano já sabia há anos quando escreveu um cable divulgado pelo Wikileaks onde muito prosaicamente informava o Departamento de Estado que o de cujus é «suspeito de atribuir bolsas para pagar favores políticos e manter a sua sinecura».

No entanto, meus caros, não vos deixei ludibriar pelo amor à verdade da esquerdalhada e do jornalismo de causas que falece logo que se trate de um dos seus inúmeros prosélitos apanhados com a boca na botija, por obediência à doutrina Somoza.

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