Continuação de (1)
Como já por aqui se escreveu várias vezes, há pelo menos dois Portugal no Portugal.
Há o Portugal dependente (e nalguns casos parasitário).
Há o Portugal que protesta contra a austeridade quando aumentam as despesas correntes primárias (5,1% no 1.º semestre deste ano) e o défice só não derrapa porque os impostos aumentaram ainda mais. Há o Portugal que chama «um roubo» à aproximação das pensões da CGA (funcionários públicos que pagaram contribuições inferior a 10% dos restantes trabalhadores e que se reformaram com 90% do último salário com 36 anos de descontos) às pensões da Segurança Social.
E há o outro Portugal.
Há o Portugal que trabalha e produz (produção industrial aumentou 2,1% em Julho), cria empregos (a população empregado aumentou de 72,4 mil, o número mais elevado desde 1998) e reduz o desemprego pela primeira vez em dois anos (para 17,4% em Junho, com menos 9 mil desempregados em Junho, sobretudo jovens). Há o Portugal que compra mais automóveis (mais 4,2% até Julho) reduzindo o crédito (4,5% nas famílias) e o malparado (famílias e empresas, 0,3% e 1,3% respectivamente).
Actualização:
A OCDE perspectiva a melhoria da economia portuguesa nos próximos seis a nove meses.
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