Reutilizo o subtítulo deste post, com as palavras de João Miguel Tavares, para descrever a tentativa de recuperação da obra socrática ficcionada de consolidação das contas públicas - uma «mistificação hilariante», como lhe chamou Jorge Costa no Insurgente.
Julgo que dois anos depois da fuga de Sócrates para Paris deixando Lisboa a arder depois de chamar os bombeiros da troika para resgatar o Estado da bancarrota, deveria haver poucas almas neste país que não se rissem (ou não chorassem) ao ler os delírios desta direcção socialista acossada pelos clãs de Sócrates, Soares e Costa, e hipotecada aos apparatchiks pendurados no aparelho, esperando ansiosamente o seu lugar à mesa do orçamento.
Desmistificar a «mistificação hilariante» seria uma missão patriótica para os equivalentes socialistas dos barões e baronetes do PSD que vêm esgravatando a governação do seu partido, a maioria das vezes sem propósito que não seja o ditado pelo ressabiamento. Seria, mas nunca será, porque tal classe - se existir - não aparece na cena política quando o PS está no governo.
Por prudência, aqui fica uma chamada para o post de Jorge Costa que explica muito bem a mistificação do capítulo «Consolidámos as contas públicas» nas «Marcas de governação».
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