07/06/2013

CASE STUDY: O homem providencial para o Estado Previdência (4)

Outras providências do homem providencial: (1), (2) e (3)

António Costa esteve ontem à noite a contar, uma vez mais, a uma plateia de admiradores a sua fábula do «endividamento zero» da Câmara de Lisboa. «Endividamento zero» que «não quer dizer que não haja dívida», porque há uma dívida bancária de 350 milhões de euros e uma dívida a fornecedores de 18 milhões e tudo, por junto, o passivo da câmara são 1,2 mil milhões de euros, segundo o próprio, reproduzido pelo jornalismo de causas oficial da Lusa.

Porquê António Costa se refugia nestes malabarismos, com a ajuda de uns mídia sempre disponíveis para ajudar os amigos? Porque não explica, como aqui se fez, que o critério legal de «endividamento líquido municipal» não é o endividamento líquido de uma câmara, isto é a diferença entre as suas dívidas e os seus créditos, diferentemente do que sem mais explicações o anúncio e a propaganda podem fazer crer? E não é porque nesse critério nem todas as dívidas são consideradas e nos créditos são incluídos os impostos municipais a receber.

E porque não fala Costa dos 286 milhões resultantes do acordo em Julho do ano passado pelo qual o governo aceitou pagar esse valor pela «compra» há mais de 70 anos dos terrenos do aeroporto, 20 anos antes de Costa ter nascido, e pela «compra» dos terrenos da Expo, uns 20 anos antes de Costa ter aterrado na câmara?

E porque pactuam os mídia, sempre tão disponíveis para espiolhar as contas dos governos não ungidos pela esquerdalhada, com estas habilidades conceptuais?

3 comentários:

  1. O ridículo é quem devia pagar o imposto.

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  2. Se na estrada vires um monhé e uma cobra, mata o monhé.
    Ditado Moçambicano.

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