Os ministros das Finanças decidiram hoje na reunião da Ecofin aceitar o princípio de alongar as maturidades dos empréstimos concedidos a Portugal e à Irlanda ao abrigo do programa de assistência e remeteram a decisão para a troika. Decisão que, conhecendo-se a posição actualmente mais flexível do FMI, será provavelmente positiva.
Estamos a falar de maturidades dos empréstimos e não de alongar ainda mais a adopção de medidas de reforma do Estado e dos objectivos do défice, cujo adiamento significaria quase certamente a derrapagem definitiva do PAEF e o esgotamento do pouco ímpeto reformador que o governo tem mostrado.
Neste contexto, é não é um bom sinal o aumento de 4,2% das vendas em retalho em Janeiro, muito acima dos 0,9% da UE. É certo que o pagamento dos duodécimos pode ter tido um contributo, mas reduzido porque a maioria dos empregados optaram por não antecipar os subsídios; por outro lado, sendo o mês de Dezembro tradicionalmente um mês com maior consumo, o aumento em Janeiro tem um significado mais forte.
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