04/12/2012

DIÁRIO DE BORDO: No melhor pano cai a pior nódoa (CORRIGIDO)

A propósito de uma refrega entre o Jornal de Angola, em representação dos interesses da cleptocracia angolana, e Pacheco Pereira, em representação dele próprio (e simbolicamente das elites portuguesas atingidas pela verborreia desse jornal), o Abrupto divulgou aqui um artigo de Rui Ramos sobre os portugueses, publicado no mesmo Jornal de Angola.

Apreciando Rui Ramos, como historiador e como comentador político, e não sofrendo de patriotice que me leve a engraxar o povo português ignorando traços e costumes que repudio, e também não tendo uma boa ideia das nossas elites, a quem regularmente adjectivo de merdosas, estou à vontade para escrever que o texto de Rui Ramos me surpreende pelas piores razões: porque é uma simplificação grosseira desses traços e costumes, inesperada numa pessoa com o calibre de RR, e porque tem implícito um piscar de olho aos representantes de cleptocracia angolana, tanto mais desnecessário quanto menos será motivado por um pragmatismo empresarial.

[Já que estou a tocar neste assunto, onde também entra muito ego, sempre acrescento ser perfeitamente supérflua a vitimização de Pacheco Pereira, como que a pôr-se a jeito para receber uma medalha.]

ESCLARECIMENTO:
Foi colocada a dúvida num comentário a este post que o Rui Ramos em causa fosse o historiador Rui Ramos. Uma curta pesquisa praticamente confirmou que se trata de pessoa diferente pelo que corrigi em conformidade e com grande alívio o texto acima. Obrigado ao comentador jsp.

2 comentários:

  1. Suspeito de que não se trata do "nosso" Rui Ramos, historiador, mas de um escriba tropical que, irònicamente, ostenta o mesmo portuguesíssimo nome.
    Cpmts.

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  2. Acho que JPP entrou nesta luta como uma forma de atacar PPC, através das suas relações com Angola, e agora está bastante envolvida nela mas ninguém liga coisa alguma.

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