01/11/2012

CASE STUDY: Nem tudo está mal no desemprego (e no emprego) (2)

Em Agosto, ao analisar os dados do INE relativos ao desemprego no 2.º trimestre concluí que nos últimos 12 meses anteriores o emprego diminuiu na população com menor escolaridade e aumentou nos restantes níveis: em termos homólogos, o emprego diminui 248,1 mil indivíduos com o ensino básico (incluindo indivíduos sem escolaridade) e aumentou 43,3 mil nos níveis secundário e superior. O número de activos e o número de empregados aumentou, ainda que ligeiramente, no 2.º trimestre, o que significa que o aumento do desemprego resulta de haver mais indivíduos à procura de emprego. Concluí também que se está a destruir-se emprego indiferenciado e criar-se algum emprego diferenciado e há mais gente a querer trabalhar.

Os dados do Eurostat agora tornados públicos referentes ao 3.º trimestre mostram, pela primeira vez em vários anos, uma ligeiríssima redução da taxa de desemprego de 15,8% para 15,7%. É tão evanescente  que até pode ser um erro estatístico, mas só o facto de não ter aumentado num contexto de contracção da economia já é positivo.

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