Em Agosto, ao analisar os dados do INE relativos ao desemprego no 2.º trimestre concluí que nos últimos 12 meses anteriores o emprego diminuiu na população com menor escolaridade e aumentou nos restantes níveis: em termos homólogos, o emprego diminui 248,1 mil indivíduos com o ensino básico (incluindo indivíduos sem escolaridade) e aumentou 43,3 mil nos níveis secundário e superior. O número de activos e o número de empregados aumentou, ainda que ligeiramente, no 2.º trimestre, o que significa que o aumento do desemprego resulta de haver mais indivíduos à procura de emprego. Concluí também que se está a destruir-se emprego indiferenciado e criar-se algum emprego diferenciado e há mais gente a querer trabalhar.
Os dados do Eurostat agora tornados públicos referentes ao 3.º trimestre mostram, pela primeira vez em vários anos, uma ligeiríssima redução da taxa de desemprego de 15,8% para 15,7%. É tão evanescente que até pode ser um erro estatístico, mas só o facto de não ter aumentado num contexto de contracção da economia já é positivo.
Boas notícias.
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