A segunda particularidade é que, desta vez, o título concorda em absoluto com a primeira metade do texto onde MST nos conta uma abordagem de rua por uma senhora de uns setenta e tais anos, reformada há 14 anos depois de 40 anos de contribuições, que se lamenta de lhe terem baixado a pensão. O diálogo é uma peça paradigmática dos artigos de MST, a quem alguém já chamou «tudólogo». Nesse diálogo, o essencial dos seus argumentos assenta em dois erros grosseiros, a saber:
- MST imagina que as contribuições para a segurança social representam 10% do salário, quando representam, como o próprio Expresso refere 2 páginas antes, 34,75% resultantes de 11% descontados no salário e 23,75% pagos directamente pelo empregador - é uma diferença abissal, como agora se diz;
- MST pensa que os cuidados médicos de saúde são financiados pelo orçamento da segurança social, quando são suportados pelo SNS, como até possivelmente a velha senhora saberia.
Baseado nestes «factos», MST constrói «argumentos» que o levam a concluir que a pobre senhora, mesmo dando de barato que nunca tinha recorrido ao SNS (que, recorde-se, ele não consegue distinguir da SS), já teria esgotado as suas contribuições depois de 4 anos de reforma (10% de 40 anos). «Contra argumentos não há factos».
Que padrões tão desleixados, tudo nele é desleixado, a começar pelo raciocínio.
ResponderEliminartina
A propósito deste tema, sugiro que se leia:
ResponderEliminarhttp://visao.sapo.pt/seguranca-social-um-esquema-de-ponzi-em-nome-da-solidariedade=f687031
e
http://www.jornaldenegocios.pt/economia/financas_publicas/detalhe/vital_moreira_a_constituicao_nao_proibe_impostos_elevados.html
NAF.