Ontem, mais uma vez, Mário Soares defendeu no seu artigo de opinião no Diário de Notícias o fim deste governo. Desta vez, mitiga o esquerdismo senil do hic et nunc pelo realismo maquiavélico, e, aproveitando a sua experiência de meter o socialismo na gaveta, mete a democracia na gaveta, considerando as eleições «completamente inconvenientes … (porque) não resolverão nada e podem antes complicar muito a situação».
Como seria de esperar, o patriotismo e o apego à democracia de Soares cedem à inconveniência de deixar no colo do PS a crise de que foi o principal responsável. Em vez de eleições, propõe uma espécie de governo presidencial da iniciativa de Cavaco Silva a partir das sobras deste governo. Outra solução que sempre abominou, mas para Soares as conveniências ganham sempre aos princípios.
Não se tenham ilusões, tal governo não se destinaria a garantir a estabilidade e a não comprometer a credibilidade do país e a confiança dos mercados. O governo que Soares tem em mente é para durar até o eleitorado esquecer um pouco mais como chegámos aqui e o PS se livrar deste líder pusilânime e acossado pela tralha socrática e substituí-lo por um outro - por exemplo Costa.
Bem observada essa do socialismo primeirop e a democracia agora.
ResponderEliminarE afinal, que medidas iria o governo presidencial tomar que não fossem estas? O problema do Bochechas é uma raiva cega a PPC porque PPC ignorou o seu pedido para um governo central antes das últimas eleições. Lembram-se quando MS saíu dessa reunião dizia que PPC era uma pessoa reazoável? O Bochechas é um daqueles políticos que está na política por ele próprio e não pelos outros. Para satisfazer o seu ego, ambições de poder, etc. Essa gente quando está no poder até se comporta normalmente, fora do poder tornam-se raivosas.
tina
Isto diz tudo...
ResponderEliminarhttp://www.sabado.pt/Multimedia/FOTOS/-spam---b--Politica---b----spam-/Crise--Quando-Mario-Soares-defendia-o-plano-do-FMI.aspx