07/10/2012

ARTIGO DEFUNTO: Uma espécie de autocrítica

Depois de mais de década e meia a brunir as polainas dos governos socialistas e, em particular, de 6 anos a brunir as de Teixeira dos Santos, Nicolau Santos, um notório pastorinho da economia dos amanhãs que cantam agora a sair da fase depressiva, faz aos seus botões na sua coluna da quinta página da Economia do Expresso várias perguntas dirigidas ao ministro das Finanças, a começar por uma pergunta retórica em que pressupõe que o homem tem tomado «decisões completamente estúpidas e irracionais», premissa que não surpreende para quem escreveu um artigo como este sobre Vítor Gaspar. A peça continua com várias outras perguntas que, concedo, fazem sentido. Fico-me pela segunda:
«Considera que é possível corrigir em três anos os desequilíbrios acumulados pela economia portuguesa em década e meia?»
É uma boa pergunta, assente na premissa dos «desequilíbrios acumulados pela economia portuguesa em década e meia». Premissa que, apesar de poder ser ainda mais sólida se estendesse o período dos desequilíbrios, não deixa de ser surpreendente para quem despendeu mais de década e meia a brunir os maiores responsáveis por esses «desequilíbrios» e me conduz uma outra pergunta: estará Nicolau Santos a autocriticar-se por essa sua década e meia?

2 comentários:

  1. Cada pontapé que se dá numa pedra, descobre-se uma pessoa medíocre e estúpida. Foram estas pessoas que deitaram o país abaixo.

    tina

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  2. Não tem muito que ver com o post mas estava a pensar que uma das razões pela qual muitos "democratas" - tipo JPP -não gostam da situação atual é terem de reconhecer que a democracia falhou em Portugal, que o nível de vida das pessoas afinal não aumentou assim tanto e pelo contrário, comprometeu a liberdade de Portugal seriamente por causa da enorme dívida que agora temos de pagar. Para os democratas, é como se o presente governo lhes estivesse a esfregar isso na cara e daí a sua raiva tão grande.

    tina

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