01/09/2012

CASE STUDY: Nem tudo Tudo está mal no desemprego (e no emprego), diz Zorrinho

[Sequência deste post]

O primeiro governo de José Sócrates que tomou posse em Março de 2005 inscreveu no seu programa a recuperação de «cerca de 150.000 postos de trabalho perdidos na última legislatura.» (Programa de XVII Governo (Capítulo I - Uma estratégia de crescimento para a próxima década, I. Voltar a acreditar, 1. Uma estratégia mobilizadora para mudar Portugal, página 8). Vejamos o que de facto se passou.

No final de 2004, 3 meses antes do 1.º governo socialista tomar posse, a população empregada era 5.122,8 mil e no final do 2.º trimestre de 2011 quando o PS deixou o governo era 4.893,0 mil. Ou seja, durante os 6 anos de «crescimento», nome com que o PS costuma designar a folia do endividamento, perderam-se 229,8 mil empregos em vez dos 150 mil prometidos recuperar só no 1.º governo. Dito de outro modo, o PS tinha como objectivo mínimo atingir 5.273 mil empregos e falhou por 380 mil (Fontes: PORDATA e INE).

O programa do XIX governo não contém nenhum objectivo explícito de criação de emprego ou recuperação de postos de trabalho perdidos.

No final do 2.º trimestre de 2011, quando terminou o 2.º governo Sócrates, a população empregada era de 4.893,0 mil. No final do 2.º trimestre deste ano a população empregada era de 4.688,2 mil. Ou seja em plena vigência do PAEF, negociado entre a troika e o PS, durante o mandato do governo actual perderam-se 204,8 mil empregos. É um bom resultado? Claro que não, mas que outra coisa se poderia esperar de uma insuportável austeridade, como a classifica o PS, que com a sua governação a tornou inevitável?

Perante a actual taxa de desemprego de 15,7%, concluiu o líder parlamentar do PS Carlos Zorrinho, Coordenador Nacional da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico 2005-2009 e Secretário de Estado da Energia e da Inovação do 2.º governo Sócrates:
«Todos os portugueses sentem e sabem que o Governo falhou e é, a partir desse falhanço que se têm que perspetivar políticas para o futuro, no trabalho que vai ser feito agora pela ‘troika’»
Como caracterizaria Zorrinho o desempenho em matéria do emprego dos governos do PS em que participou? Um falhanço enorme?

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