Secção Musgo Viscoso
Durante as inspecções ao BPN foram identificados 17 quadros suspeitos de práticas irregulares agora sancionados pelo Banco de Portugal. À época o BPN já se encontrava intervencionado com uma administração nomeada pelo ministério das Finanças.
O que teria feito uma gestão prudente? No mínimo, suspendê-los das funções que desempenhavam. O que fez a administração, que incluía Francisco Bandeira, eminência parda de José Sócrates na CGD? Decidiu manter em funções esses quadros.
Costa Pina, ex-secretário de Estado do Tesouro e das Finanças de Teixeira dos Santos, tutela do BPN, durante a audição na comissão de inquérito parlamentar explicou que ele não tinha nada a ver com isso por ser matéria «estritamente de gestão … sendo certo que vigora o princípio de presunção da inocência até condenação ou até prova em contrário».
Costa Pina não teve oportunidade de explicar se esse princípio também se aplicaria a Oliveira e Costa, demitido e preso preventivamente apesar de não ter sido ainda condenado.
Saindo tais justificações da boca de um ex-membro de um governo pródigo em intervenções em matérias «estritamente de gestão», é justo premiá-lo com 2 afonsos pela ousadia e 3 ignóbeis pela falta de decência. Em complemento, leva ainda 5 chateaubriands por não ter ainda percebido a diferença entre uma sala de administração e uma sala de audiências, apesar da sua experiência empresarial na Ongoing e na Galp Energia.
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