Depois dos belgas, da Nokia e de vários outros, é a vez da rede europeia de serviços de emprego EURES reunir empresas da Dinamarca, Suécia, Noruega e Reino Unido para recrutar engenheiros em Portugal, em colaboração com o ISEL. O contrato inclui alojamento, escola para os filhos e acolhimento.
E os sociólogos, antropólogos, cineastas, artistas performativos, historiadores, etc. (ou seja, os licenciados nessas áreas o que é muito diferente dos profissionais dessas áreas) não têm direito a fazer as suas escolhas, a seguir as suas vocações? Têm sim senhor. Só não têm direito é a empregos garantidos por um Estado assistencialista à custa de quem sobrevive tendo feito as escolhas possíveis ou não tendo feito escolha nenhuma.
De resto, deixem-me proferir uma blasfémia politicamente incorrectíssima: com algumas, muito poucas, excepções de génios geneticamente pré-determinados a cumprir o seu destino, a quase totalidade das criaturas humanas está habilitada a fazer imensas coisas muito diversas, consoante as oportunidades, os acasos da vida e as necessidades de sobrevivência. Defender políticas assentes em pressupostos como, por exemplo, um jovem pindérico nasceu para ser cineasta e, por isso, para cumprir o seu destino, os contribuintes estão obrigados a sustentá-lo, têm 1 probabilidade em milhões de acertar.
É como se para garantirmos em cada século ter um Fernando Pessoa com um fígado suficientemente saudável para acabar a obra, tivéssemos que sustentar milhões de escrevinhadores que se acham uns génios incompreendidos. Escrevinhadores incompreendidos, quereis um conselho? Candidatai-vos a caixas do Pingo Doce e, enquanto esperais o prémio Nobel da Literatura ou, vá lá, para os mais realistas, o prémio do Concurso Literário de São Roque do Pico, escrevei posts num blogue, como eu, que ainda não sou caixa do Pingo Doce mas tentarei ser na próxima promoção.
Caixas do Pingo Doce não, que essa malta não sabe fazer contas e depois o pagode é que se lixa...
ResponderEliminarAmaro.