Esta deve ter sido a semana mais socialista do governo menos socialista das últimas décadas.
Primeiro a criação de mais um imposto, baptizado de taxa a pagar pelos estabelecimentos (ou seja pelos consumidores) com uma área de vendas superior a 400 metros para financiar um Fundo de Saúde e Segurança Alimentar Mais. Este fundo visa compensar os produtores agrícolas pelos custos de «prevenção e erradicação das doenças dos animais e das plantas, bem como das infestações por parasitas». E porquê devem ser os estabelecimentos a pagá-lo e para quê se são os produtores que devem tomar essas medidas e incluir o seu custo nos custos de produção dos seus produtos?
Depois foi o reforço de 1,5 mil milhões de euros no orçamento rectificativo das despesas de saúde que atingirão o valor record de 9 mil milhões, no meio da gritaria da oposição que a austeridade está a destruir o estado social. Não será antes o crescimento da despesa que está a antecipar o seu fim inevitável?
Por último, foi ainda o ministro da Saúde a anunciar a extensão da proibição de fumar nos nossos carros quando transportem crianças. Já agora, e porque não dentro das nossas casas? E porque não, para reduzir os custos elevadíssimos do tratamento da SIDA, proibir os gays de ter relações sexuais sem preservativo?
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