Se fosse mulher (não está por agora nos meus planos), ficaria irritadíssima com a decisão anunciada pelo governo de as empresas públicas serem obrigadas a ter mulheres nos conselhos de administração. Consideraria tal como um atestado de menoridade, sobretudo num tempo em que as mulheres representam metade das admissões nas universidades e, dependendo dos cursos, representam uma clara maioria dos licenciados.
Não sendo mulher, fiquei apenas irritado pela estupidez de anunciar tal decisão dessa forma, porque se quem nomeia a administração é o governo, directa ou indirectamente, porque não nomeou já resmas de mulheres para todos os conselhos de administração?
Se queriam fazer alguma coisa neste domínio deveriam antecipar a completa igualdade no mundo da gestão seguindo o conselho de Simone Veil: nomear mulheres incompetentes para suceder a homens competentes. Imagino que seria um conselho difícil de seguir no universo empresarial do estado, não por falta de mulheres incompetentes mas por falta de homens competentes para serem substituídos.
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