O estado sucial está falido e o eleitorado pressente-o - uma percentagem próximo dos 50% aceita como bom um aumento de impostos que Passos Coelho prometeu não fazer.
O PS sofreu um rombo eleitoral e adquiriu sarna para se coçar nos próximos anos. O facto de nenhum «histórico» do PS, a começar em Mário Soares e acabar em Manuel Alegre, se apostar num dos dois candidatos mostra claramente que não acreditam na longevidade de nenhum deles. Seguro, o candidato favorito do aparelho, tem o carisma de uma alforreca e a confiança de apenas 1 em cada 5 eleitores (1/3 do score de PPC no estudo de opinião da Aximage).
A retórica da demonização do liberalismo, neo-liberalismo e ultra-liberalismo foi chumbada por um eleitorado maioritariamente colectivista e amante do estado mas cansado de demagogia e aparentemente consciente não ser possível mais do mesmo.
Por tudo isto, o governo de Passos Coelho tem a enorme responsabilidade de aproveitar uma oportunidade única na história recente do país para introduzir reformas e libertar a sociedade civil da tutela do estado omnipresente.
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