O armário de DSK parece estar a transbordar de esqueletos femininos. Oito anos depois, Tristane Banon, um desses alegados esqueletos, indignada por ver imagens do «chimpanzé com cio» em restaurantes de luxo em NY (como o homem gosta de luxo, a jovem teve imensas outras hipóteses de se indignar durante os longos 8 anos) resolve acusá-lo de tentativa de violação em 2003.
Porquê uma jovem jornalista, emancipada, bem-pensante, rive-gauche, não o fez antes é um mistério insondável. Com esta cajadada pode matar dois coelhos: outra vez o ressuscitado DSK, alegado violador, e François Hollande, alegado encobridor, como por acaso também putativo candidato socialista à presidência.
Concedamos, por agora, a presunção de boa fé à menina Tristane, filha de boas famílias e aparentemente sem nenhum namorado preso e um só telemóvel, ao contrário da housekeeper. Liguemos, contudo, o desconfiómetro não vá ainda aparecerem alegadas vítimas de violação de Ségolène Royal (ex-mulher de François Hollande) e Martine Aubry (filha de Jacques Délors) também prováveis candidatas en attendant.
As eleições presidenciais francesas estão a ficar parecidas com Bollywood. «La chienlit, non», teria dito outra vez o general De Gaulle se ainda por lá andasse.
Sem comentários:
Enviar um comentário