06/06/2011

E agora? Estará Passos perdido?

O mais fácil está feito: ganhar 600 mil votos e conseguir uma coligação claramente maioritária para governar quatro anos.

A seguir vem o mais difícil: montar um governo coeso, sólido e competente, sem diletantes nem primas donas; manter sossegada uma legião de candidatos a sinecuras e tenças apenas um pouco mais pequena do que a do PS, com poucos lugares para os apaziguar; manter açaimado o baronato ferozmente opinativo e convencido que «este» PSD não os merece (veja-se o contraste entre um PS caladinho e cerrando fileiras, até ao fim, à volta do querido líder e um PSD com diarreia verbal e serrando as fracas fileiras à volta do líder tolerado); não se assustar com as maninfestações a caminho, a toda a força; não pactuar com as clientelas empresariais órfãs de Sócrates; nunca, mas mesmo nunca, perder o norte (ou o sul, se preferirem), manter-se focado no curto prazo, sem perder de vista o médio prazo (a longo prazo, nestas circunstâncias, Keynes tem razão – estamos todos mortos).

Boa sorte.

Impertinente ..............................................Pertinente

Post scriptum
Nunca esquecer, mas mesmo nunca: o exemplo. Para os portugueses o mau exemplo vem sempre de cima. O bom exemplo nem por isso. Porém, não chegando, é meio caminho andado. Aboli as estórias mal contadas e os abusos da posição privilegiada, limpai os armários e tirai deles os esqueletos. Prestais contas e sede transparentes.

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