24/06/2011

CASE STUDY: Um exemplo de transparência na governação que chegou atrasado

Depois de (mais) um escândalo envolvendo o ministro Palocci, a presidente presidenta Rousseff desobrigou o governo de divulgar informação sobre os custos das obras relacionadas com o Mundial de Futebol de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Foi uma decisão prudente quando já se antecipa a irremediável derrapagem das obras e dos orçamentos, o que criará o maior dilúvio de corrupção já visto pelo Brasil e o Brasil já viu muitos - esta terra ainda vai cumprir seu ideal / Ainda vai tornar-se um imenso Portugal. Estão em causa compensações por trabalhos a mais e por encurtamento dos prazos, em cima de cambões e adjudicações pela porta do cavalo, que no final custarão milhares de milhões de reais. (*)

Se José Sócrates ainda por aí andasse, poderia ter havido uma assistência técnica mútua. Sócrates explicaria a Rousseff como usar as PPP para chutar para a frente os custos dos elefantes brancos e Rousseff explicaria a Sócrates como ficar sentado em cima das contas e mandar o Tribunal de Contas de férias. Como parte da cooperação, Rousseff emprestaria José Dirceu para montar um esquema de mensalão e pagar os votos da oposição superando a falta de maioria no parlamento – teria sido possível aprovar o PEC4, o PEC5, o PEC6, etc. Talvez nem fosse preciso Rousseff emprestar Dirceu, porque este já trabalha para a Ongoing que, como braço da banca do regime, faria parte da equipa da casa.

(*) Algumas estimativas do Mundial de Futebol de 2014 a multiplicar pelo rácio de derrapagem: estádios 2 mil milhões; ampliação dos aeroportos mais de 5 mil milhões de reais; TGV mais de 10 mil milhões (sim também eles!)

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