Segundo uma review da Economist, Francis Fukuyama defende no seu recente The Origins of Political Order: from Prehuman Times to The French Revolution uma interessante explicação para o celibato dos padres que, como se sabe e diferentemente da ideia generalizada, só se tornou obrigatório no século XI com as reformas introduzidas pelo papa Gregório VII. Segundo Fukuyama o celibato obrigatório dos padres foi uma arma importante para o combate à corrupção e ao rent-seeking na igreja católica o que trouxe à igreja uma maior força moral e um papel determinante na evolução posterior do estado e das instituições seculares, contribuindo para dotar as sociedades ocidentais de 3 componentes essenciais para as criar as vantagens competitivas que estão na base do seu sucesso: um estado forte, o primado da lei e a obrigação dos governantes prestarem contas.
Terá sido pela falta desses componentes que o estado português está mais próximo dum estado falhado do que dum estado de sucesso? E terá sido pelos padres portugueses, segundo a lenda, terem fama de grandes femeeiros?
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