[Recebido sem indicação da fonte original. Pela crítica simplista ao “rotativismo” parece-me que o autor seja um monárquico.]
Quando José Dias Ferreira, bisavô de Manuela (Dias) Ferreira Leite, chega a chefe do Governo em 1892, encontrou um país de "tanga", por força de elevados investimentos ferroviários e em estradas e portos. A dívida pública representava 81% do PIB e o défice orçamental era de 2%. Juntamente com o Ministro da Fazenda - Oliveira Martins, tio-bisavô do actual presidente do Tribunal de Contas - toma medidas drásticas: subida de impostos, corte até 20% dos vencimentos dos funcionários públicos, suspensão de admissões no Estado, paragem das grandes obras, saída do padrão-ouro e desvalorização cambial.
Durante dez anos, não foi possível recorrer a empréstimos no estrangeiro, dada a situação de bancarrota verificada. O desenvolvimento das infra-estruturas no "fontismo" baseou-se num modelo que se pode considerar como a génese das parcerias público-privadas. Eram concessões dadas a particulares que, muitas vezes, garantiam um determinado rendimento ao investimento e, se este ficasse abaixo desta garantia, havia compensação do Estado.
[Nesse mesmo ano…]
Em 1892 o rei D. Carlos doou 20% (!) da sua dotação anual para ajudar o Estado e o País a sair da crise criada pelo rotativismo dos partidos (nada de novo, portanto).
(Um belo exemplo, enviado por AB, para o patriota que em Belém defende a nação com a batota das contas)
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