O INE distraiu-se e não actualizou a lista das entidades dentro do perímetro da Administração Pública deixando de fora alguns dos maiores elefantes brancos, como REFER, CP, Metros e Carris com passivos totalizando 12 mil milhões de euros ou 7% do PIB.
De acordo com as regras do Eurostat, as empresas públicas com receitas próprias representando menos de 50% dos custos têm que ser incluídas no perímetro da Administração Pública. Estas regras já têm barbas e o governo conhecia-as perfeitamente tanto assim que em 2009 incluiu a RTP e muitas outras empresas públicas, mas não os grandes mamutes – guess why.
Agora estes passivos vão ser adicionados à dívida pública que ultrapassará 90% do PIB e os défices de 2010 e anos seguintes vão ter que ser corrigidos.
Teoria da conspiração: percebe-se agora de onde caiu o PEC 4 e porquê estas manobras e as que se conheceram há dias, como os custos de nacionalização do BPN que o governo tentava atirar para 2008, só foram conhecidas depois.
Pergunta retórica: isto é da responsabilidade da oposição?
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