O que se está a passar com o aumento dos yields da dívida pública, com a informação maciça e habilmente manipulada pela clique socrática, poderia ser um case study no qual o sapo é um eleitorado manso, ignorante da sua ignorância e
Por tudo isto, não admira que tenha vencimento, até na oposição, a narrativa de José Sócrates dos perigos duma eventual intervenção do FMI e das feridas insanáveis que pedir ajuda infligiria ao orgulho nacional. Como se pedir ajuda não fosse o que andamos a fazer recorrentemente, desde a adesão à CEE em 1986 e intensamente desde 2008, em particular ao BCE, cujas torneiras se fechassem amanhã teríamos que comer o alcatrão das auto-estradas, o cimento dos estádios de futebol e da multidão de casinhas que andamos a semear pelo país e pôr no prego a legião de plasmas que plantamos nas nossas paredes.
Como já foi defendido no (Im)pertinências várias vezes, deveríamos rapidamente negociar com o FMI e o FEEF a reestruturação da dívida, um haircut, o reescalonamento e a fixação de juros mais baixos. Não o fazer, poderá ser muito útil para prolongar a agonia do governo de José Sócrates, mas irá exaurir fatalmente o país.
Este gráfico não representa a temperatura da água do tacho
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