Não são só doutrinas erradas, estratégias erradas e políticas erradas e engenharia contabilística (um eufemismo para trafulhice). É também pura incompetência na gestão financeira do Estado pela clique socrática que nos conduziu à pré-insolvência.
Como se pode ver no gráfico anterior (extraído daqui, via Insurgente), a concentração da dívida a vencer a curto prazo é tão grande que conseguir a sua renovação nas condições actuais exigiria um custo tão elevado que engoliria a poupança, aniquilaria o investimento e liquidaria a economia. Ou então nos obrigará a um bailout do FEEF-FMI (já se viu que a FMI virá sempre no pacote – felizmente), a uma reestruturação da dívida com reescalonamento e muito provavelmente a um haircut e à renegociação dos juros, como aqui no (Im)pertinências se vem prescrevendo há muitos meses.
Chegámos aqui conduzidos pela estratégia de avestruz de Sócrates, um misto de incompetência e de mistificação e falta de seriedade para lidar com uma situação que, se não na sua génese, partilhada pela maioria dos governos dos últimos 30 anos, é da sua total responsabilidade pelo menos no agravamento contínuo nos últimos 6 anos, fazendo-a evoluir de uma situação de risco para uma situação de quase colapso financeiro.
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