09/01/2011

SERVIÇO PÚBLICO: o défice de memória (7)

[Actualização de (1), (2), (3), (4), (5) e (6)]

«As receitas fiscais ficaram acima do esperado, … a despesa do Estado fica abaixo do esperado – uma boa notícia, e o saldo orçamental vai ser aquele que está nos objectivos do governo 7,3%» garantiu José Sócrates, esquecendo alguns pormenores:
  • A despesa contabilizada não inclui um montante não determinado de facturas das farmácias e de outros prestadores de serviços de saúde não pagas – muito provavelmente ultrapassando 2 mil milhões de euros;
  • A despesa contabilizada não inclui 400 milhões de facturas das construtoras;
  • A despesa contabilizada não inclui 2,5 mil milhões de imparidades do banco nacionalizado BPN que vão ser diluídas durante 10 anos;
  • A receita contabilizada inclui pelo menos 400 milhões vendas de imóveis do Estado ao Estado;
  • A receita contabilizada inclui 2,8 mil milhões da transferência do fundo de pensões da PT.
Fazendo a soma algébrica destes pormenores chegamos a 8,1 mil milhões a adicionar ao défice socrático e o défice efectivo sobe de 7,3% para 12,1% o que ultrapassa em quase 3% do défice apresentado em 2010, que começou em 2,2% e acabou em 9,3%.

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