28/01/2011

O (IM)PERTINÊNCIAS FEITO PELOS SEUS DETRACTORES: O pós-Simplex camarário

Num projecto de remodelação que tenho, pedi para que me autorizassem a mudar as janelas de madeira para janelas de PVC ou alumínio (cujo preço não chega a 60% do preço das de madeira com a vantagem adicional dos custos de manutenção do PVC/alumínio serem quase nulos ao contrário da madeira). Trata-se de substituir janelas velhas e decrépitas (que nunca na vida a câmara iria alterar) por janelas novas iguais às existentes mas com material diferente. A área está classificada por isso faz sentido controlar estas coisas. Mas mesmo assim deveria haver alguns limites de bom senso. Eis os que os anormais da câmara pediram para fornecer (para um pedido de informação prévia, ou seja: ainda não é um pedido para aprovação oficial):  
  1. Certidão emitida pela ordem dos Arquitectos (não dizem certidão de quê, apesar de adivinharmos que se trata da certidão que demonstre que a arquitecta tem a sua quota em dia -  não poderia haver no século XXI um sistema de controle automático?)
  2. Termo de responsabilidade técnica do autor do projecto (para umas janelas?)
  3. Memória descritiva e justificativa da intervenção proposta incluindo, nomeadamente,
  4. Descrição das características do local de intervenção (então eles não sabem quais são as características do local de intervenção? São burros ou quê?)
  5. Caracterização da intervenção proposta (mudança de janelas de madeira para janelas iguais de PVC ou alumínio, que é preciso caracterizar mais?)
  6. Breve descrição da edificação (hem?)
  7. Definição e diagnóstico das características estruturais do imóvel (diagnóstico? Está a precisar de janelas novas. Ou mesmo: Sou louco e pretendo mudar as janelas existentes em perfeito estado por outras janelas iguais. E daí?)
  8. Avaliação das principais patologias (só vejo patologias de degradação avançada na cabeça desta gente)
  9. Justificação dos usos propostos (são janelas Por Deus! Não vão servir para comer sopa nem para fazer passar droga entre Marrocos e Portugal) e sua compatibilização com a estrutura espacial (estou a pensar pedir auxílio benévolo à NASA com essa do espacial)
  10. Caracterização da intervenção proposta (metodologia, técnicas, materiais, cores) (se possível em decassílabos, digo eu)
  11. Documentação fotográfica actual, a cores, da intervenção do local (não percebi se tem que estar sol no dia da fotografia ou se aceitam uma foto num dia de chuva. E se houver uma nuvenzita?)
  12. Documentação fotográfica da envolvente com visualização, se possível, do imóvel
  13. Planta de localização actualizada (que eu saiba um imóvel não muda facilmente de sítio) à escala 1:1000 ou 1:2000 (diminui - ver a seguir)
  14. Planta de implantação com indicação da área de construção e de logradouro à escala 1:500 ou 1:200 (aumenta - vê-se que este imbecis não estudaram latim)
  15. Perfis de inserção volumétrica no caso de obras novas (será que há obras velhas, para além das de Santa Engrácia?) ou de alterações de volumetria (SÃO JANELAS! J-A-N-E-L-A-S!)
  16. Levantamento do existente: plantas, cortes longitudinais e transversais, alçados incluindo os imóveis confinantes numa extensão mínima de 7,5m (ainda vou arranjar problemas com os vizinhos pois esses não devem ter dado alegre cavaco a ninguém há décadas e mudaram as janelas a seu belo prazer)
  17. Sobreposição do existente com a proposta (os mapas de cores clássicos a amarelos e encarnados - deve ser muito útil ver numa planta uma janela ser substituída por outra janela IGUAL mas de material diferente)
  18. Elementos da proposta: plantas, cortes longitudinais e transversais, alçados incluindo os imóveis confinantes numa extensão mínima de 7,5m
  19. Maquetas reais ou virtuais
  20. Fotomontagem ou outros meios de visualização da integração da proposta.
[Enviado por AB]

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