Com a yield da dívida pública portuguesa a passar os 7%, limiar que Teixeira dos Santos recentemente considerou como o máximo admissível antes de chamar os bombeiros, o inefável espírito José Maria Ricciardi apressou-se a garantir que «Portugal tem condições para se financiar a 7%». Pelo menos enquanto o BCE aceitar como colateral as OT portuguesas e nos emprestar a 1%, esqueceu-se ele de acrescentar.
Por falar nisso, dando de barato a bondade da narrativa do bem-pensantismo nacional, porque não se dispõe o BES a emprestar dinheiro a 10 anos ao governo às taxas que paga ao BCE com um spread igual ao do crédito à habitação a 30 anos? O que seria um bom negócio e talvez lhes permitisse escapar ao labéu «abutres especuladores» de Miguel Sousa Tavares.
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